sábado, 14 de outubro de 2017

TEXTOS CURTOS DE PORTUGUÊS COM DESCRITORES- ENEM- GABARITO

Leia o texto abaixo e responda à questão.

  
01) Com base nessa tirinha, pode:
A) achou que a notícia que ouvia em inglês era sobre invasão.
B) costumava assistir todos os dias às aulas de inglês pelo rádio.
C) entendeu de forma correta toda a aula o que ouviu em inglês.
D) fazia sempre tradução simultânea do inglês para o português.
E) tinha o hábito de ouvir músicas e notícias, em inglês, pelo rádio.

Descritor 4 - Inferir uma informação implícita no texto.

Leia o texto abaixo
       
Línguas são assunto de Estado   Diferentes nações escolhem diferentes soluções para o problema da penetração idioma estrangeiro, dependendo, entre outras coisas, da realidade social do país. Mas, em todas elas, a linguagem é tratada como questão de Estado. As nações procuram normatizar e regular os idiomas que utilizam, visando o processo de identidade nacional.
      A França, por exemplo, possui, além do francês, algumas outras línguas minoritárias faladas pela população como o bretão, o catalão e o basco.
      Há, na França, várias organizações dedicadas à língua francesa e à sua defesa contra os “estrangeirismos”. A legislação sobre o idioma francês é bastante detalhada. [...]
      Nos Estados Unidos, além do inglês, o espanhol é amplamente falado, em decorrência da forte presença de imigrantes hispano-americanos. [...]
      O tratamento do tema nos Estados Unidos é bem mais flexível que na França. A Constituição norte-americana, por exemplo, não estabelece o inglês como língua oficial [...]. Isso não impede que haja tentativas de se adotar leis restritivas – como a proposição 227 na Califórnia, que, se aprovada, obrigará todas as escolas daquele estado a ministrar as aulas em inglês.
      O espanhol é hoje a segunda língua mais falada nos Estados Unidos. [...] A mistura entre inglês e espanhol atingiu tal nível que já se cunhou um novo termo para descrevê-la: o spanglish.

 Acesso em 15/12/2006.

02) O tema desse texto é:
A) invasão de idiomas estrangeiros.
B) língua e identidade nacional.
C) normatização de idiomas oficiais.
D) presença marcante de imigrantes.
E) quantidade de línguas minoritárias.

Descritor 6 - Identificar o tema de um texto.


03) A finalidade desse texto é:
A) analisar idiomas.
B) apresentar informações.
C) criticar legislação.
D) defender estrangeirismos.
E) emitir opiniões.

Descritor 12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Leia o texto abaixo


Tramas que atravessam noites

      Diz a história que Scherazade, uma jovem bela e inteligente, convence seu pai, o vizir, a levá-la ao palácio do sultão para casar-se com ele, apesar de saber que, após a noite de núpcias, seu destino seria a morte por decapitação. Traído pela primeira esposa, o sultão já se vingara da infidelidade da mulher assassinando inúmeras moças do reino. Apesar dos protestos do pai, a jovem decide interromper a saga de crueldade. Mas, antes de sair de casa, diz à irmã caçula que entre no quarto, na primeira noite, onde estará com o marido e peça a ela, pouco antes do nascer do dia, que lhe conte o último de seus contos maravilhosos. A história que Scherazade conta à irmãzinha atrai a atenção do sultão, que decide poupar sua vida para continuar a acompanhar a narrativa na noite seguinte. E assim, fiando histórias, tecendo ciclos de contos, a jovem atravessa mil e uma noites e se mantém viva, ganhando por fim (embora algumas versões sejam controvertidas) o amor do marido.

Revista Mente Cérebro, Duetto editorial, Edição nº 197. p. 4.

04) O enredo desse texto se desenvolve a partir da:
A) decisão de Scherazade de interceptar a repetição mortífera da dor do sultão.
B) da infidelidade da mulher do sultão como causa de seu sofrimento.
C) história contada por Scherazade à irmã todas as noites após o casamento.
D) resistência do pai de Scherazade à realização do casamento com o sultão.
E) vitória de Scherazade ao conseguir conquistar o amor do marido.

Descritor 10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.


05) No trecho, “seu destino seria a morte por decapitação.”, a palavra destacada refere-se”:
A) ao sultão.
B) ao vizir.
C) a Scherazade.
D) à irmã caçula.
E) à primeira esposa.

Descritor 2 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

Leia os textos abaixo.


Você é a favor de clones humanos?
Texto 1
      Engana-se quem pensa que o clone seria uma cópia perfeita de um ser humano. Ele teria a aparência, mas não a mesma personalidade. Já pensou um clone do Bom Jovi que detestasse música e se tornasse matemático, passando horas e horas falando sobre hipotenusa, raiz quadrada e subtração? Ou o clone de Brad Pitt se tornando padre? Ou o do Tom Cavalcante se tornando um executivo sério e o do Maguila estudando balé? Estranho, não? Mas esses clones não seriam eles e, sim, a sua imagem em forma de outra pessoa. No mundo, ninguém é igual. Prova disso são os gêmeos idênticos, tão parecidos e com gostos tão diferentes. Os clones seriam como as fitas piratas: não teriam o mesmo valor do original. Se eu fosse um clone, me sentiria muito mal cada vez que alguém falasse: “Olha lá o clone da fulana”. No fundo, no fundo, eu não passaria de uma cópia.
                                                                      Alexandra F. Rosa, 16 anos, Francisco Morato. SP.



Texto 2
      O mundo tem de aprender a lidar com a realidade e com as inovações que acontecem. Ou seja, precisa se sofisticar e encontrar caminhos para os seus problemas. Assistimos à televisão, lemos jornais e vemos que existem muitas pessoas que, para sobreviver, precisam de doadores de órgãos. Presenciamos atualmente aqui no Brasil e também em outros países a tristeza que é a falta de doadores. A clonagem seria um meio de resolver esse problema! [...]
Fabiana C. E. Aguiar, 16 anos, São Paulo, SP.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar.
Revista Atrevida, n. 34. 2002.

06) Sobre “Clones humanos”, o Texto 2, em comparação ao Texto 1, apresenta uma opinião:
A) científica.
B) complementar.
C) contrária.
D) preconceituosa.
E) semelhante.

Descritor 21- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

Leia o texto abaixo


Amor à primeira vista

        Papel, plástico, alumínio. Modernas embalagens industrializadas são essencialmente confeccionadas com essas três matérias-primas. Mas o resultado está longe de ser monótono.
        Desde que os especialistas em vendas descobriram que a embalagem é um dos primeiros fatores que influenciam a escolha do consumidor, ela passou a ser estudada com mais atenção. Atualmente, estampa cores fortes, letras garrafais e formatos curiosos na tentativa de chamar a atenção nas prateleiras dos supermercados. Produtos infantis, por exemplo, apelam para desenhos animados ou super-heróis da moda para derrubar a concorrência. Provavelmente é o caso do achocolatado que você toma de manhã, do queijinho suíço do meio da tarde e até mesmo da sopinha da noite.
        Essas embalagens despertam o interesse dos consumidores muitas vezes, eles levam o produto para casa mais porque gostaram de sua roupagem do que pelo fato de apreciarem o conteúdo. [...]

07) Um argumento que sustenta a tese de que “a embalagem agora é uma forma de conquistar o consumidor” é que:
A) a embalagem passou a ser mais bem cuidada.
B) a embalagem tem formatos muito curiosos.
C) a embalagem objetiva vestir bem os produtos.
D) os produtos infantis trazem os super-heróis.
E) os consumidores são atraídos pela embalagem.

Descritor 8 - Estabelecer a relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.


Leia o texto abaixo e responda às questões 08, 09 e 10

A melhor amiga do homem
 Diogo Schelp

      Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura.
      O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
      A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.

Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.


08) De acordo com o autor desse texto,
A) a agricultura é mais preciosa do que a pecuária.
B) a dependência entre o homem e a vaca é real.
C) a importância econômica da vaca é unanimidade.
D) o ser humano gosta de comer um bom bife.
E) os EUA hoje possuem o maior rebanho bovino.

Descritor 14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.


09) O autor usa a parte pelo todo para se referir à vaca em:
A) “Acusam-se as chifrudas...”.
B) “...homem e vaca são unha e carne”.
C) “...o papel dos bovinos...”.
D) “...animal sagrado.”.
E) “...nem que a vaca tussa...”.

Descritor 18 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.


10) No trecho, “Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.” a expressão destacada tem o sentido de um fato:
A) absurdo.
B) admissível.
C) estimado.
D) impossível.
E) possível.

Descritor 3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.


TEXTOS CURTOS COM DESCRITORES – ENEM – COM GABARITO

TEXTOS CURTOS COM DESCRITORES – ENEM – COM GABARITO

Leia o texto abaixo e responda às questões 01 e 02


Os índios descobertos pelo Google Earth

      Duas aldeias de índios que vivem isolados foram fotografadas pela primeira vez, na fronteira entre o Peru e o Acre. O sertanista José Carlos Meirelles, da Funai, havia encontrado ainda em terra vestígios de duas etnias desconhecidas e dos nômades maskos. Rieli Franciscato, outra sertanista da Funai, localizou as coordenadas exatas das malocas pelo Google Earth, programa que fornece mapas por satélite. Meirelles, que procurava os povos havia 20 anos, sobrevoou a área e avistou os roçados e as ocas. O avião assustou a tribo, que nunca teve contato com o homem branco. As mulheres e crianças correram, e os homens tentaram flechar o avião. A exploração de madeira no lado peruano pode ter estimulado a migração das etnias para o território brasileiro.

Época, n. 524, 02/06/2008, p.17.

01) De acordo com esse texto, o primeiro contato entre os índios descobertos e o homem civilizado despertou nos índios um sentimento de:
A) alegria.
B) dúvida.
C) raiva.
D) repulsa.
E) susto.

Descritor 1 - Localizar informações explícitas em um texto.

02) Esse texto aborda, prioritariamente, a:
A) migração de índios peruanos para o Brasil.
B) importância do Google Earth para a Funai.
C) exploração predatória de madeira no Peru.
D) diferença entre índios e homens brancos.
E) descoberta de novas tribos indígenas.

Descritor 9 - Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

Leia o texto abaixo e responda às questões 03 e 04


Luciana

   Ouvindo rumor na porta da frente e os passos conhecidos de tio Severino, Luciana entregou a Maria Julia as bonecas de pano, ergueu-se estouvada, saiu do corredor, entrou na sala, parou indecisa, esperando que a chamassem. Ninguém reparou nela. Papai e mamãe, no sofá, embebiam-se na palavra lenta e fanhosa de tio Severino, homem considerável, senhor da poltrona. Luciana adivinha a consideração: os donos da casa escutavam, moviam a cabeça e aprovavam: na cozinha, resmungando, arreliando-se, a criada preparava café. Às vezes na família repetia-se uma frase que tinha peso de lei.
      — Foi tio Severino quem disse.
      — Ah!
      E não se acrescentava mais nada.
      Luciana quis aproximar-se das pessoas grandes, mas lembrou-se do que lhe tinha acontecido na véspera. Mergulhou numa longa meditação. Andara com mamãe pela cidade, percorrera diversas ruas, satisfeita. Num lugar feio e escorregadio, onde a água da chuva empoçava, resistira, acuara, exigindo que pusessem ali paralelepípedos. Agarrada por um braço, intimada a continuar o passeio, tivera um acesso de desespero, um choro convulso, e caíra no chão, sentara-se na lama, esperneando e berrando. Em casa, antes de tirar-lhe a camisa suja, mamãe lhe infligira três palmadas enérgicas. Por quê? Luciana passara o dia tentando reconciliar-se com o ser poderoso que lhe magoara as nádegas. Agora, na presença da visita, essa criatura forte não anunciava perigo.
RAMOS, Graciliano. Luciana In: Contos. 4ª serie literária.(Org. Maria Silvia Gonçalves).
São Paulo:Nacional,1979. p.17-21. Fragmento.

03) Nesse texto, Luciana entrega as bonecas a Maria Júlia porque:
A) o pai não percebera sua presença.
B) o Tio Severino havia chegado.
C) a mãe lhe infligia umas palmadas.
D) a mãe conversava com visitas.
E) a amiga não tinha brinquedos.

Descritor 11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

04) Esse texto é narrado por:
A) Tio Severino.
B) Maria Júlia.
C) Luciana.
D) alguém que testemunha os fatos.
E) alguém que está distante dos fatos.

Descritor 13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.


05) Qual é a ironia contida nesse texto?
A) A presença de uma única mulher entre homens.
B) As pessoas gostarem de sua rotina diária.
C) A menção comparativa entre humanos e ovelhas.
D) Cada pessoa conversar com as outras presentes.
E) Cada pessoa presumir que é a única consciente.

Descritor 16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

O AVENTUREIRO ULISSES
           (Ulisses Serapião Rodrigues)

      Ainda tinha duzentos réis. E como eram sua única fortuna meteu a mão no bolso e segurou a moeda. Ficou com ela na mão fechada.
      Nesse instante estava na Avenida Celso Garcia. E sentia no peito todo o frio da manhã.
  Duzentão. Quer dizer: dois sorvetes de casquinha. Pouco.
      Ah! muito sofre quem padece. Muito sofre quem padece? É uma canção de Sorocaba. Não. Não é. Então que é? Mui-to so-fre quem pa-de-ce. Alguém dizia isto sempre. Etelvina? Seu Cosme? Com certeza Etelvina que vivia amando toda a gente. Até ele. Sujeitinha impossível. Só vendo o jeito de olhar dela.
      Bobagens. O melhor é ir andando.
      Foi.
      Pé no chão é bom só na roça. Na cidade é uma porcaria. Toda a gente estranha. É verdade. Agora é que ele reparava direito: ninguém andava descalço. Sentiu um mal-estar horrível. As mãos a gente ainda escondia nos bolsos. Mas os pés? Cousa horrorosa. Desafogou a cintura. Puxou as calças para baixo. Encolheu os artelhos. Deu dez passos assim. Pipocas. Não dava jeito mesmo. Pipocas. A gente da cidade que vá bugiar no inferno. Ajustou a cintura. Levantou as calças acima dos tornozelos. Acintosamente. E muito vermelho foi jogando os pés na calçada. Andando duro como se estivesse calçado.

MACHADO, Antônio de A. O aventureiro Ulisses. Contos reunidos.
São Paulo: Ática, 2002. p.122.

06) O enredo se desenvolve a partir da
A) elegância do personagem.
B) alegria do personagem.
C) fome do personagem.
D) cor do personagem.
E) penúria do personagem.

Descritor 7- Identificar a tese de um texto.


Coisas do mundo

      A juventude é realmente uma fase encantadora. Descobrir o mundo, experimentar, buscar novos horizontes, desvendar os mistérios da vida... Enfim, a primeira vez a gente nunca esquece! Seja lá qual for a novidade, é absolutamente inebriante esse momento da descoberta.
      As coisas que acontecem na adolescência ficam impressas na memória, na pele, na alma e, geralmente, nos remetem às melhores coisas do mundo.

PAULA, Maria. Crônica da revista. In: REVISTA DO CORREIO.
 2 mai. 2010, p, 37. Fragmento.

07) No trecho “os mistérios da vida...”, as reticências indicam uma:
A) comparação da vida com os mistérios.
B) definição do comportamento dos jovens.
C) definição dos encantos da vida.
D) referência aos mistérios da vida.
E) sugestão de continuidade da vida.

Descritor 17 - Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.


Patricinhas do skate

      De unhas pintadas e roupas da moda, elas enterram o estereótipo rebelde.
      Você já deve ter se deparado com uma delas. Estão sempre de unhas pintadas, cabelo arrumado, calça de cintura baixa e camiseta baby look. Nas mãos, o longboard – a versão mais comprida do skate tradicional. Sim, essas princesinhas estão se fazendo notar por aí. Por muito tempo, o visual das skatistas foi propositalmente desleixado. Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho. Agora, as novas skatistas têm cara de saudáveis, roupas limpinhas e pouca afinidade com as manobras radicais do skate. “Não é porque eu estou andando de skate que vou mudar meu estilo”, diz Mitzi Iannibelli, 18, que adora reggae e faz as unhas toda semana – “sempre quadradas e sem cutícula’’. Mitzi se diz adepta do estilo mulherzinha, que ela define como “short com a barriga de fora e camisa baby look’’. Recém-formada em estilismo, Amanda Assunção, 21, também critica o guarda roupa rebelde: “Aquelas roupas grunges não tem nada a ver. Não gosto de estar largadona’’, diz, ajeitando o colar de pedrinhas azuis no pescoço.
      O que se vê nas ruas já chama atenção das lojas especializadas. Na Kelly Connection, na Galeria River (Arpoador), de cada 10 skates vendidos, 7 são comprados por mulheres. “É impressionante como tem menina começando’’, diz Nathalia Despinoy, 29, dona da loja e skatista amadora. Segundo afirma, houve uma mudança notável no perfil das skatistas: “Elas têm um envolvimento menor com o esporte, não usam nada muito louco, nada grunge.’’
      As novas skatistas divergem de suas antecessoras até no gosto musical. Dead Kennedys e Pennywise já não têm mais lugar no porta-CDs, que guarda agora discos de Bob Marley, Billie Hollyday, Natiruts, Cássia Eller e Marisa Monte. Além do visual e da música, as longboarders têm uma relação menos profissional com o skate, em que a performance não é tão importante. Isabelle Valdes, 21, gosta de descer as Paineiras no seu long. Mas não faz pose e assume que só encara a versão light da descida. “Lá de cimão, eu ainda não tenho coragem’’, diz.
Jornal do Brasil. Disponível em:
<http://quest1.jb.com.br/jb/papel/cadernos/domingo/2001/07/07/jordom20010707005.html>
Acesso em: 08 jul. 2001.

08) No trecho “Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho.”, o diminutivo é utilizado com o intuito de:
A) demonstrar ternura e afeto pelas garotas que se vestem desse modo.
B) fazer uma crítica às garotas que se vestem como rebeldes, mas não são.
C) identificar as patricinhas skatistas como sendo mais saudáveis e limpas.
D) indicar uma progressão de alguém novato para outro mais experiente.
E) referir-se ao tamanho das garotas.

Descritor 19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.


Entrelinhas

      Os quinze anos de Carol.

    Carol é uma menina do Rio de Janeiro, tem 15 anos e problemas típicos de sua idade. O livro relata as dúvidas e descobertas da garota sobre sexo, amor, menstruação, amizade e muitas outras coisas, além do drama que ela sofre por nunca ter namorado ninguém. Da Editora RGB: (0xx21) 2628-7148. Preço médio: R$ 15,50.

09) A expressão “além do”, que aparece em “... além do drama que ela sofre por nunca ter namorado ninguém.” introduz uma informação:
A) nova.
B) contraditória.
C) errada.
D) negativa.
E) inútil.

Descritor 15 - Estabelecer relações lógico conjunções, advérbios etc.

Texto 1


Entrevista com gari na imundice da cidade.

  Entrevista de propósito com um gari de São Paulo J. S., 35, baiano de Jacobina, há três anos veio de lá, onde era ajudante de pedreiro, e trabalha na varreção da cidade. O lugar, perto do Mercado Municipal, no centro, recendia a mijo e resto de comida.
 Pergunta: É humilhante esse trabalho de varrer rua?
      Gari: Não, eu não acho. É um trabalho e é honra. O pior é tirar dos outros, né? Roubar o dos outros é que feio. (...)
      Pergunta: Você trabalha sem luvas?
      Gari: Luvas eles dão. Mas eu não botei hoje porque está muito quente. Mas não dão é bota de borracha. Só esse sapatinho aqui, e a gente nessa água podre, pegando frieira. (...)
      Pergunta: O que você acha que deve ser feito para as pessoas não sujarem as ruas?
      Gari: É aí, olha. Que as pessoas sujam demais as ruas e não têm respeito por nós. Eu acho assim, o pessoal, esse Brasil nosso, eles acham que nós somos obrigados a limpar. A gente acabou de barrer ali, eles vão e sujam. Eu fico olhando assim. Eu digo: dona, eu acabei de barrer aí e a senhora vai sujar de novo bem aí? Eles dizem que a obrigação da gente é limpar mesmo. Eu acho assim, a imundície já é da casa deles pra rua. Porque, que a gente é assim uma pessoa fraca, de pouco dinheiro, mas a gente quer um copo limpinho pra tomar água e tudo. Porque a limpeza é bonita em todo canto, não é?

Folha de S. Paulo, 26 de agosto de 1997, 3º caderno, p. 2.
  
Texto 2


Cuidando do lugar em que se vive.

      Damos o nome de lixo a qualquer resíduo sólido proveniente de trabalhos domésticos, industriais, etc. Dentre os materiais que o compõem, estão o papel, o alumínio, o plástico e o vidro, entre outros, que demoram muito para ser absorvidos pela natureza, causando danos ao meio ambiente.
      Veja, no quadro a seguir, o tempo de decomposição de certos materiais:
Material                                   Decomposição
Lata de conserva                          100 anos
Plástico                                         450 anos
Alumínio                                        200 a 500 anos
Náilon                                            30 anos
Fralda descartável                         600 anos
Pneus                                             indeterminado
Tampa de garrafa                          150 anos
Madeira pintada                             13 anos
Filtro de cigarro                              1 a 2 anos
Papel                                              3 meses
Pano                                               6 meses a 1 ano

www.ibge.gov.br/ibgeteen. Disponível em www.klickeducacao.com.br.

10) Os Textos 1 e 2 têm em comum o fato de
A) contarem a história de um trabalhador da limpeza pública.
B) compararem os problemas que envolvem o lixo nas grandes cidades.
C) denunciarem o problema da poluição ambiental.
D) retratarem os processos envolvidos na decomposição do lixo
E) falar do lixo como um problema atual.

Descritor 20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.                                                                                                      Acesso em: 03/2002 Adaptado.