quinta-feira, 17 de agosto de 2017

POEMA: INFÂNCIA - FERNANDO PESSOA COM GABARITO


POEMA: INFÂNCIA

 

Pobre Velha Música!
Não sei por que agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.

Recordo outro ouvir-te,
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.

Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora.
                                         Fernando Pessoa

 1) Neste poema de Fernando Pessoa, o eu lírico diz que:
 (A) Não sabe se era feliz, mas o foi na sua imaginação, provocada pela velha música.
 (B) Costumava, na infância, ouvir a velha música de que fala o título.
 (C) Se lembra de que aquela velha música o fazia chorar na infância.
 (D) Foi muito feliz durante a infância e que, agora, já não o é mais.
 (E) Não lembra se ouvia essa música durante a infância e, por isso, ficava com raiva.

 2) “Fui-o outrora agora”.  A palavra sublinhada indica ideia de:
(A) modo
 (B) lugar
 (C) tempo
 (D) finalidade
 (E) explicação.

3) Pouco se aprende com a vitória, mas muito com a derrota.
                Esse provérbio japonês, aplicado aos valores vigentes em desportes e competições especializadas, como as Olimpíadas e as Copas, tem o seu equivalente indicado corretamente em qual alternativa?
(A)  Vingança é um prato que se come frio.
    (B)  O importante é competir.
    (C)  Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
    (D)  A palavra é prata, o silêncio é ouro.
    (E)   É muito fácil ser pedra, o difícil é ser vidraça.

4) “Pouco se aprende com a vitória”. O tema do verbo aprende é:
 (A) apr
 (B) apre
 (C) apren
 (D) aprende
 (E) aprend.
     
    Considere a seguinte situação: às seis horas da tarde, em dia útil, há aglomerações nas estações do metrô, mesmo antes de se chegar à plataforma de embarque. Muitas vezes, são geradas porque a maioria dos usuários permanece em fila, aguardando para utilizar a escada rolante, enquanto a não rolante permanece quase vazia.

5) Sobre o comportamento dos usuários, é correto afirmar que:
(A) O sedentário está para a escada rolante, assim como o dinâmico está para a escada fixa.
(B) A maioria das pessoas procura movimentar-se regularmente, superando o sedentarismo.
(C) A arquitetura de transportes coletivos como o metrô desconsidera o usuário que quer se exercitar.
(D) A maioria das pessoas reconhece e aproveita situações cotidianas na prática de atividades físicas.
(E) O corpo consome mais energia para descer a escada rolante do que para descer a escada não rolante.

6) Justifique a acentuação da palavra metrô:
(A) Oxítona terminada em o.
(B) Paroxítona terminada em o.
(C) Proparoxítona terminada em o.
(D) Hiato.
(E) Ditongo. 

7) Assinale o verbo abaixo que possui a vogal temática   e:
(A) chegar
(B) aguardando
(C) utilizar
(D) há
(E) permanece.

8) De acordo com o texto dado, o significado de aglomerações está definido corretamente na alternativa abaixo:
(A) Grande quantidade de animais.
(B) Dissolução.
(C) Fragmentação.
(D) Grande quantidade de pessoas.
(E) Desagregação.

9) Em meio à falta de chuvas durante o verão de 2014, as campanhas veiculadas pela mídia em geral têm como apelo principal o uso racional da água. O emprego do adjetivo “racional” implica a ideia de que:
(A) Usar a água é uma necessidade de todos os seres racionais.
(B) O uso da água depende das chuvas, mas há escassez do índice pluviométrico.
(C) Seres racionais precisam da água para sobreviver.
(D) É preciso consumir água com responsabilidade.
(E) Todos que raciocinam dependem da água.

10) O radical de chuvas está correto na seguinte afirmativa:
(A) Chu
(B) Chuv
(C) Ch
(D) Chuva
(E) Chuvas






TEXTO: A PAZ SE CONSTRÓI A CADA INSTANTE - BRIGITTE LABBÉ - COM GABARITO


TEXTO: A PAZ SE CONSTRÓI A CADA INSTANTE

          Muitos homens sabem que a paz não se estabeleceu de uma vez por todas e para sempre. Então, pensam bastante em tudo o que é preciso fazer para construí-la e evitar a guerra.

          A paz pode ser semeada em qualquer lugar, o tempo todo. Ela se constrói quando aprendemos a história do mundo, quando dialogamos com aqueles que têm ideias diferentes, quando reagimos diante das injustiças.

          Na escola, os maiores chantageiam os menores. Um dos alunos vai falar com o diretor para acabar com essa chantagem: esse aluno, não fechando os olhos para o que acontece, reagindo, está construindo a paz. O diretor procura os aproveitadores, aplica-lhes uma punição e explica por que estão sendo punidos: ele está construindo a paz.

         Aparece um artigo no jornal propondo que se proíba a transmissão de jogo de futebol pela televisão.

Milhares de pessoas reagem e publicam artigos para dizer que não estão de acordo: elas ajudam a construir a paz.
         Os líderes de todas as religiões do mundo se reúnem para falar do que têm em comum, de tudo o que é semelhante em suas crenças, da importância da vida. Mostram que é possível dialogar; mesmo não estando de acordo em tudo: eles constroem a paz.
         Os homens optam por não esquecer o passado: juntos, lembram-se do fim de uma antiga guerra. Certo dia, em suas famílias ou comunidades, os mais velhos contam aos jovens como aquela guerra começou, como era a vida naquele período, o que poderiam ter feito para evitá-la: eles constroem a paz.
          Em diversas cidades da Europa, por exemplo, para recordar o fim da Segunda Guerra Mundial, os homens construíram monumentos em homenagem aos que morreram lutando. Assim, as pessoas não se esquecem de que a guerra existe e que é necessário prestar atenção para que ela não volte.
          Nas escolas, os professores ensinam História. E, juntamente com os alunos, tentam compreender por que as guerras explodem em todo o mundo. Raciocinam em conjunto e se perguntam: será que elas podem voltar a acontecer? O que pode ser feito para evitá-las? Agindo assim, eles constroem a paz.


                         BRIGITTE LABBÉ : Michel Puech. A guerra e a paz

                                                       São Paulo: Scipione, 2002.

                                       Por dentro do texto

1) Segundo o texto, a paz é algo que acontece espontaneamente? Justifique.

      NÃO. São as pessoas que semeiam, constroem a paz.

2) Quais ações apontadas no texto semeiam paz entre as pessoas?
      - Aprender com a história.
      - Dialogar com o diferente.
      - Reagir diante das injustiças com cidadania.

3) A conquista da paz é a garantia de que ela se estabeleceu definitivamente? Comente.
      NÃO. É preciso pensar e construir a paz o tempo todo.

4) A luta pela paz é necessária apenas diante das grandes guerras ou também nas pequenas situações do dia a dia?  Por quê?
     
A luta pela paz é também necessária nas pequenas situações do cotidiano, porque a violência não está só nas guerras entre nações, está em casa, na família, no trabalho, nos espaços de laser, nas cadeias, em diversos espaços públicos.

5) Redija um parágrafo, respondendo: O que você faz ou pode fazer para construir um mundo pacífico?
      Resposta pessoal do aluno.

6 – Releia o seguinte trecho:
      A paz se constrói a cada instante
      Muitos homens sabem que a paz não se estabeleceu de uma vez por todas e para sempre. Então, pensam bastante em tudo o que é preciso fazer para construí-la e evitar a guerra.
      A paz pode ser semeada em qualquer lugar, o tempo todo. Ela se constrói quando aprendemos a história do mundo, quando dialogamos com aqueles que tem ideias diferentes, quando reagimos diante das injustiças.
      Nesse trecho, os autores defendem uma opinião? Comente.
      Sim. Para ele, a paz pode ser semeada o tempo todo. Para isso, é preciso dialogar com quem tem ideias diferentes, reagir contra as injustiças.

7 – Para os autores defenderem uma opinião, foi suficiente apenas apresenta-la? Justifique sua resposta.
       Não. Foi necessário apresentar uma explicação, uma justificativa para o seu ponto de vista.







                      
 

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

TEXTO: NINGUÉM SABE SE O FRUTO PROIBIDO ERA UMA MAÇÃ - PARA O ENSINO MÉDIO COM GABARITO

TEXTO : Ninguém sabe se o fruto proibido era uma Maçã.

No Jardim do Éden, Eva colhe uma maçã, tasca-lhe uma dentada e oferece a fruta a Adão, que também mete os dentes. É assim, segundo o livro do Gênesis, que o primeiro casal criado por Deus cai em pecado. Mas quem disse que o fruto proibido era uma maçã?
Não há uma única referência a essa fruta na Bíblia. A versão original do texto só se refere ao “fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal”. “É uma citação genérica”, diz Jacyntho Brandão, professor de literatura grega da UFMG. “Na Bíblia, usa-se uma palavra genérica que indica ‘pomo’, sugerindo uma fruta com forma de maçã, mas que também poderia ser uma pera, um figo ou qualquer outra com esse formato”.
O mito da maçã, segundo Brandão, foi sendo criado aos poucos, possivelmente por obra dos diversos tradutores da Bíblia (...). “Ao passar o texto do grego para o latim, eles usaram o termo “pomum”, que acabaria sendo traduzido como maçã nas línguas modernas. Segundo o especialista em literatura grega, é provável que isso tenha acontecido porque maçã sempre foi uma das frutas mais comuns e apreciadas na Europa, “mas não necessariamente no Oriente Médio, onde foram compilados os textos originais que deram origem ao Antigo Testamento”, afirma Brandão.

                                                         Superinteressante. Ed. Abril.março. 2011.

1. O texto acima tem como tema:

A) O Gênesis – livro bíblico que trata da criação do mundo.
B) A forma com que o primeiro casal criado por Deus caiu em pecado.
C) A incerteza sobre qual teria sido o fruto dado por Eva a Adão.
D) A inexistência de maçãs no Oriente Médio.

2Passagens do texto como “...tasca-lhe uma dentada”, revelam que o autor faz uso de linguagem predominantemente...

A) Científica.
B) Informal.
C) Técnica.
D) Infantil.

POEMA: CATAR FEIJÃO - JOÃO CABRAL DE MELO NETO - COM GABARITO

POEMA: CATAR FEIJÃO
                  João Cabral de Melo Neto

Catar feijão se limita com escrever:
jogam-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na da folha de papel;

e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.


Ora, nesse catar feijão, entra um risco:
o de entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com o risco.


MELO NETO, João Cabral de. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997, p. 16-17. 

1  1.   O poema é sobre como catar feijão? Justifique.

Resposta- Não, é sobre o ato de escrever e este é comparado ao ato de catar feijão. Preste atenção para o fato de de despistar já no título, o que busca mostrar: escrever é catar, escolher palavras; no 1º verso isso também se dá, pois o que é realmente comparado é posto como comparante.

    2.   Catar poderia ser substituído por que outras palavras?

Resposta -escolher, selecionar, combinar, recolher, retirar...

      3.   Pode-se dizer que o texto é um poema de amor? Por quê?

Resposta -Não, é antes uma reflexão sobre o ato de escrever racionalmente e as dificuldades de isso carrega.

4   4.Catar feijão é um assunto tipicamente poético? O que você acha disso?

Resposta pessoal. Mostrar que ações cotidianas, corriqueiras, sem elevação passaram a ser temas poéticos no século XX.

5    5.Quantas estrofes há no poema?
Resposta -Duas estrofes.

6    6.Quantos versos há em cada estrofe? 
Resposta - Oito versos em cada estrofe. 

7. Que palavra é omitida no terceiro verso?
Resposta - A palavra água: e as palavras na água da folha de papel.

8. Encontre no poema outras construções em que palavras são omitidas, isto é, estão elípticas.
Resposta - Água (que é) congelada; por (ser de) chumbo seu verbo; (é necessário) soprar nele. 

9. Pela leitura do texto, o ato de escrever poemas é fácil? Justifique sua resposta.

Resposta - É bastante difícil, pois só assim o poeta pode oferecer um texto que provoque o leitor, que o desperte. 


terça-feira, 15 de agosto de 2017

TEXTO: A BONECA GUILHERMINA - COM GABARITO

Texto: A boneca Guilhermina

Esta é a minha boneca, a Guilhermina. Ela é uma boneca muito bonita, que faz xixi e cocô. Ela é muito boazinha também. Faz tudo o que eu mando. Na hora de dormir, reclama um pouco. Mas depois que pega no sono, dorme a noite inteira! Às vezes ela acorda no meio da noite e diz que está com sede. Daí eu dou água para ela. Daí ela faz xixi e eu troco a fralda dela. Então eu ponho a Guilhermina dentro do armário, de castigo. Mas quando ela chora, eu não aguento. Eu vou até lá e pego a minha boneca no colo. A Guilhermina é a boneca mais bonita da rua.

MUILAERT, A. A boneca Guilhermina. In: As reportagens de Penélope. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997, p. 17. Coleção Castelo Rá-Tim-Bum – Vol. 8.

1. O trecho “A Guilhermina é a boneca mais bonita da rua”expressa:
(A)  uma opinião da dona sobre a sua boneca.
(B)  um comentário das amigas da dona da boneca.
(C)  um desejo da dona de Guilhermina.
(D)  um fato acontecido com a boneca e a sua dona.

2. No trecho “Mas quando ela chora, eu não aguento”, a expressão sublinhada significa, em relação à dona da boneca, sentimento de,
(A)  paciência.
(B)  pena.
(C)  raiva.
(D)  solidão.

3. Guilhermina é
(A)  autora do texto.
(B)  a boneca.
(C)  babá da boneca.
(D)  a dona da boneca.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): A BANDA - CHICO BUARQUE DE HOLLANDA- COM GABARITO

MÚSICA(Atividades):A BANDA

                                   (Chico Buarque de Hollanda)
 Estava à toa na vida   
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou

ANALISANDO A CANÇÃO
1-   Tomando a música de Chico Buarque, que fatos, até então não corriqueiros para aquela cidade, ocorreram a partir da passagem da banda? Cite pelo menos três deles.
·        A minha gente sofrida despediu-se da dor.
·        O homem sério que contava dinheiro parou.
·        A moça triste que vivia calada sorriu.

2- Sabendo-se ser o texto acima uma conhecida canção da MPB (Música Popular Brasileira), que elementos nele presentes nos permitem visualizar sua musicalidade?
a) O fato de a maioria dos versos serem iniciados pelas vogais “O” ou “A”.
b) A presença de termos “românticos” como “Amor”, “Lua”, “Rosa” e “Estrelas”.
c) Por falar de uma banda.
d) O uso de versos rimados.
e) Por afirmar cantar coisas de amor.

3- Apesar de sua força transformadora, a banda não foi capaz de manter a alegria e o vigor dos habitantes, após sua passagem. Porquê?
a) Pelo fato de a música por ela tocada não ser convincente aos ouvidos do povo.
b) Pelo fato de o povo não se interessar mais por bandas.
c) Por a gente do lugar ser predominantemente sofrida.
d) Pelo fato de tal alegria ter sido apenas passageira e logo após tudo voltou a ser como era.
e) Por a moça feia não ter conseguido arrumar um namorado.

4- Utilizando-se de um ditado popular, o autor expressa o fim do encanto produzido pela passagem da banda. Que alternativa nos revela tal fato?
a) “Tudo tomou seu lugar…”
b) “A minha gente sofrida despediu-se da dor…”
c) “Estava à toa na vida…”
d) “A rosa triste que vivia fechada se abriu…”
e) “O que era doce acabou…”

5- Você considera a música ser algo capaz de modificar a vida de uma pessoa, alegrando-se o espírito? Explique.

Sim, a música tem vários papéis na vida dos seres humanos, pois lembram momentos, expressam sentimentos, têm o poder de mudar o nosso humor, entre outros. Cada música tem seu sentido e seu modo de mexer com as pessoas. Ela faz parte da cultura dos países, identifica e molda pessoas e pensamentos, revoluciona, marca fatos históricos, motiva, dá apoio, enfim, participa da vida de toda humanidade.


06 – Há exemplos de oralidade nessa letra de música? Se sim, copie-o(s):
      Sim, há exemplos de oralidade: Pra.

07 – Na segunda estrofe, há um mesmo verbo utilizado com sentidos diferentes. Que verbo é esse? Explique esses dois sentidos.
      É o verbo contar.
      No verso: “O homem sério que contava dinheiro parou.”
      O sentido é de operação aritmética (conta de somar).
      Já no verso: “O faroleiro que contava vantagem parou.”
      O sentido é de contar histórias fantasiosas.

08 – No verso: “Despediu-se da dor”. Que figura de linguagem encontramos?
      Metáfora.

09 – Que mensagem a música lhe transmitiu? Comente.
      Ela é uma metáfora de alegria na época da repressão. Percebe que quando a banda entra na cidade é motivo de euforia, de imensa alegria, estase total, onde toda cidade para ver a banda passar.



domingo, 13 de agosto de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): CHÃO DE GIZ- ZÉ RAMALHO - COM GABARITO

Música(Atividades) : Chão de Giz
                                                                                Zé Ramalho

 
Eu desço dessa solidão
Espalho coisas
Sobre um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!


Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes

Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar, quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus

Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom

Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Pra sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de boy
That's over, baby!
Freud explica

Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom

Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular

No mais, estou indo embora!
No mais, estou indo embora!
No mais, estou indo embora!
No mais!

ANALISANDO A CANÇÃO
1 – Neste verso: “Eu desço desta solidão
                               Espalho coisas
                               Sobre um chão de giz”.
O autor evidencia que estava como?
      Sofrendo pelas lembranças, pois descia no chão, olhando para as memórias de um relacionamento que se apagou rapidamente, como o giz e apagado do chão.

2 – Em: “Há meros devaneios tolos
               A me torturar”.
O que o compositor disse nesta verso?
      Que o passado causava dor e as memórias de um amor frustado são uma tortura que fazem o autor delirar.

3 – Relacione analisando os versos:
( 1 )  “Fotografias recostadas de jornais de folhas amiúdes”.
( 2 ) “Eu vou te jogar num pano de guardar confetes”.
( 3 ) “Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão-vizir”.

( 3 ) Ele tenta ficar com ela de todas as formas, mas é inútil, pois ela é casada com um homem muito rico.
( 1 ) Existia o hábito de colecionar as fotos da sua amada, que saíam no jornal, o que indica que ela era alguém de alta sociedade.
( 2 ) Os panos de guardar confetes são balaios ou sacos típicos das costureiras no Nordeste, nos quais elas jogam restos de pano, papel, etc. Aqui Zé Ramalho diz que vai jogar as fotos dela nesse tipo de saco e, assim, esquecê-la de vez.

4 – Explique as metáforas neste verso.
      “Há tantas violetas velhas sem um colibri”.
      Há tantas violetas velhas (como ela, bela, mas velha) sem um colibri (um jovem que a admire), desta forma ele tenta novamente convencê-la apelando para a sorte – mesmo sendo velha (violeta velha) ela pode, se quiser, ter um colibri (jovem).

5 – Zé Ramalho na música cita Freud, na frase “Meus vinte anos de ‘boy’ – that’s over, baby! Freud explica”, com que intenção?
      Para das veracidade para a teoria (complexo de Édipo). Ele era bem mais novo que ela, era um boy e ela uma dama da sociedade.

6 – Ele faz uma reflexão no verso: “Não vou me sujar fumando apenas um cigarro” e concluiu o quê?
      Que apesar de todos os seus esforços, suas tentativas incansáveis, tudo é em vão. Existe algo que o impede de ganhar o coração da mulher que tanto deseja. Um marido? Algum assunto sentimental? Talvez os dois, mais isso não e o mais importante. O fato é que essa tal mulher não o quer, por algum motivo. Ela o dispensa.

7 – Ele encerra-se a canção com este verso: “No mais, estou indo embora”, o que nos mostra?

      Mostra que a fuga é o melhor caminho e uma decisão madura. Ele muda de cidade e nunca mais vê. Sofreu por meses, enquanto compôs a música.