sexta-feira, 3 de julho de 2015

REDAÇÃO ENEM : REDES SOCIAIS

Os últimos dias do mês de junho foram conturbados devido a dois fatos: um internacional, que divide a sociedade mundial, e um nacional que também, de certa forma, dividiu a população brasileira. Ambos os acontecimentos foram temas de debates acalorados entre as pessoas, principalmente nas redes sociais da internet.
O fato internacional foi a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos; desde a última sexta-feira (26/06), todos os estados do país norte-americano devem aceitar e realizar casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, assim como já é realizado com casais heterossexuais. O Facebook, apoiador da causa, lançou um aplicativo que colore as fotos dos perfis com as cores do arco-íris e mais de 26 milhões de usuários coloriram suas fotos de perfis.
Em contrapartida, outros tantos usuários saíram em combate à causa do casamento homossexual, afirmando que há outras causas mais importantes, como por exemplo, a fome e a desigualdade social e então o circo pegou fogo, como diz a linguagem popular.
Já o acontecimento nacional foi a trágica e prematura morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo e de sua namorada, Allana Moraes, em um acidente de carro em uma estrada no estado de Goiás. A maciça cobertura da mídia foi alvo de questionamento de pessoas que trabalham na própria mídia, como o apresentador e jornalista Zeca Camargo, e de pessoas que argumentaram que não conheciam o artista. Contrariamente, os fãs do Cristiano Araújo saíram em defesa do seu ídolo, afirmando que ele era conhecido e querido por milhões de pessoas em todo o país.

O intuito deste texto não é entrar no mérito destas questões neste momento, mas dissertar sobre o fato de como as pessoas, em discussões como estas nas redes sociais, argumentam, de uma maneira ou de outra, e não o fazem ou têm uma enorme dificuldade de fazê-lo ao escrever uma dissertação-argumentativa na prova de redação do Enem.
Por se tratar de temas polêmicos e que atingem, de diversas formas, a sociedade como um todo ou uma considerável parcela da população, estes temas inflamam, digamos assim, as colocações e as redes sociais são os espaços mais abertos e democráticos para estes debates acontecerem e, por isso, as pessoas parecem não encontrar obstáculos para participarem destas discussões. Porém, é adequado ressaltar que muitos usuários não argumentam adequadamente, com afirmações embasadas, e sim apelam para ofensas pessoais, algo raso e condenável.
Por outro lado, a dissertação-argumentativa, como já falamos em outros textos, é uma situação de produção textual simulada, com um número limitado de linhas que, justamente, limita a discussão que, por vezes, é bem mais ampla e complexa do que as 35 linhas da folha de redação permitem. Além disso, há toda a pressão psicológica e física que influenciam no desempenho do candidato, algo inexistente em um debate dentro de uma rede social.

Portanto, é interessante observar, ler e participar de discussões acirradas nas redes sociais e em sites como o infoEnem a fim de desenvolver estratégias argumentativas sobre diversos assuntos por meio da interação real com outros leitores e usuários.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Redação ENEM : Intolerância Religiosa - sugestão


§  16 de maio de 2015 – Barretos/SP: o tio de uma adolescente evangélica, que se diz discriminada pelos colegas de escola pela religião, foi espancado por 30 pessoas ao tentar salvar e proteger a sobrinha de agressões motivadas por intolerância religiosa. O homem, de 31 anos, teve o rosto desfigurado e traumatismo craniano devido as pauladas que levou e passou por cirurgia. A jovem relata ter sido ofendida pelas roupas que usa e pelo cabelo comprido.
§  14 de junho de 2015 – Rio de Janeiro/RJ: uma menina de apenas 11 anos é vítima de intolerância religiosa ao levar uma pedrada na cabeça quando saia de um culto de candomblé (religião de matriz africana) acompanhada pela avó e por um grupo de amigos. Todos, que vestiam roupas típicas da religião, estavam em uma calçada quando dois homens se aproximaram, os xingaram de “diabo” e levantaram a Bíblia, afirmando que Jesus Cristo estava voltando e que os demais deveriam ir ao inferno. A menina levou pontos na cabeça e passa bem. O caso foi registrado como lesão corporal e classificado pelo artigo 20 da lei 7.716 (prática, indução ou incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional). Dias depois, ao sair do Instituto Médico Legal (IML) onde fez um exame de corpo de delito, a menina foi novamente ofendida verbalmente por um homem que passava pelo local e que gritou “A imprensa só da ibope para macumbeiro e gay!”.
§  18 de junho de 2015 – Uberaba/MG: o túmulo do médium kardecista Chico Xavier, autor de mais de 400 livros psicografados, dos quais não ficou com nem um centavo, e realizador de inúmeras obras de caridade, foi alvo de vandalismo. A construção possui um busto de Chico protegido por uma redoma de vidro e esta estrutura estava danificada, com pancadas e riscos. O filho adotivo do médium, Eurípedes Higino, acredita em vandalismo motivado por intolerância religiosa.
§  18 de junho de 2015 – Rio de Janeiro/RJ: o templo Casa do Mago, situado na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, foi apedrejado por três homens com Bíblias nas mãos. As pedras atingiram uma estrela, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e algumas imagens de Buda.
§  19 de junho de 2015 – Rio de Janeiro/RJ: o médium Gilberto Arruda (73 anos), principal integrante do centro espírita Lar de Frei Luiz, foi encontrado morto amarrado a uma cama com sinais de espancamento. Gilberto era praticante do espiritismo desde a infância e realizava cirurgias espirituais gratuitamente, além de manter uma creche juntamente com a esposa. A polícia não descarta a hipótese de crime motivado por intolerância religiosa.

Estes cinco casos são os exemplos mais recentes e mais noticiados de atos de intolerância religiosa ocorridos no Brasil. Ed René Kivitz, teólogo e mestre em Ciência da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo e integrante do movimento Missão Integral (congregação de diferentes lideranças evangélicas), em entrevista para o portal de notícias UOL, vê este momento com grande preocupação. Para ele, alguns políticos da bancada evangélica e alguns pastores usam um “tom bélico” e assim criam “um clima propício para gente doente, ignorante, mal esclarecida e mal resolvida” para dar vazão a impulsos de “violência e rejeição ao próximo”.
A verdade é que há muito tempo, infelizmente, vivemos uma tensão religiosa no Brasil na qual as principais vítimas são fiéis de religiões menos divulgadas pela mídia e, deste modo, alvos de preconceito por serem minorias pouco compreendidas, como todas as minorias. Porém, não são apenas as crenças de matriz africana (candomblé, umbanda, quimbanda dentre outras) que são alvos de intolerância religiosa; o caso da menina evangélica discriminada na escola comprova isso, mas os ateus e agnósticos também são vítimas devido a sua descrença, como se não fosse permitido não crer em uma entidade divina.
A jornalista Eliane Brum escreveu, em 2011, um artigo opinativo no qual aborda o preconceito contra os ateus para a revista Época. No texto, a autora conta uma conversa que teve com um taxista evangélico que tenta convencê-la a se converter ao Cristianismo argumentando que só os cristãos serão salvos no dia do juízo final. A jornalista rebate, dizendo que ela respeita ele ser evangélico, mas que ele não respeita o fato de ela ser ateia.
Os seguidores do Islamismo também são vistos com receio por muitas pessoas que estranham as vestimentas e que pensam que todo muçulmano é terrorista. Na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, uma estudante da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), cansada de ser alvo de olhares maldosos, sugeriu que algumas mulheres usassem a Hijab por 24 horas para sentirem na pele o preconceito e todas, infelizmente, o sentiram realmente. Larissa Sato (18) se diz uma “mulher velada”, não muçulmana, que usa a Hijab por opção. A reportagem que conta a experiência de suas amigas e de uma jornalista que vestiu a Hijab por um dia pode ser lida na página do jornal Cruzeiro do Sul.
Por se tratar de um tema atual situado no contexto brasileiro, tão miscigenado tanto na etnia quanto nas religiões, os candidatos ao Enem devem estudar e discutir a intolerância religiosa não apenas como possível tema da proposta de redação, mas como algo que deve ser combatido a fim de ser exterminado.



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terça-feira, 26 de maio de 2015

ENTREVISTA: YVETTE JACKSON:PEDAGOGIA DA CONFIANÇA


PEDAGOGIA  DA CONFIANÇA

Yvette Jackson: todos os alunos têm potencial para a alta performance.

Após 12 anos de estudos em cognição e neurociência, a americana defende que é preciso inverter a lógica de olhar para as deficiências dos alunos e trabalhar seus pontos fortes.

Yvette Jackson: se todos recebem as estratégias de altas habilidades, o direito à alta performance pode ser ativado.Paulo Freire influenciou gerações de educadores e continua influenciando o surgimento de novas perspectivas para uma educação emancipadora. É o que acontece nos Estados Unidos, onde a pesquisadora Yvette Jackson vem se tornando conhecida pelo impacto de seu livro Pedagogia da Confiança (ainda não publicado no Brasil).

Discípula do psicólogo israelense Reuven Feuerstein (1921-2014), que por sua vez foi aluno de Piaget e colega de Freire, Yvette vem se notabilizando por defender a tese de que todas as crianças podem atingir alta performance de aprendizagem. 

Apoiada em conhecimentos de neurociências e da cognição, a autora defende que é preciso inverter a lógica de olhar para as deficiências dos alunos, passando o foco para seus pontos fortes.

Recentemente, a pesquisadora esteve no Brasil para ministrar um curso sobre o tema na Escola Sesc de Ensino Médio, no Rio de Janeiro, e concedeu a seguinte  entrevista exclusiva à revista Educação.

Como surgiu a ideia da Pedagogia da Confiança?
Quando era professora, tive a oportunidade de ensinar os mesmos alunos por três anos. Eles eram descendentes de africanos e latino-americanos, oriundos de famílias de baixa renda, e, como todas as crianças, tinham sede de aprender. Durante aqueles anos vi a aprendizagem deles se expandir a altas taxas, o que demonstrava um potencial inato. Ao mesmo tempo, a diretora da escola queria iniciar um programa para estudantes com altas habilidades, acreditando que lá havia alunos que tinham as características identificadas nos programas desse tipo. Ela pediu a uma psicóloga para indicar testes que pudessem identificar tais crianças. Esta profissional veio a mim e manifestou sua descrença. Para ela, não havia ninguém assim lá. Fiquei furiosa por ver que uma pessoa que nunca ensinou àquelas crianças pudesse fazer tal declaração. Então fiquei determinada em identificar pesquisas que pudessem fundamentar aquilo que eu sabia - que todos os alunos têm um potencial inato para a alta performance cognitiva.

Como foi o caminho de pesquisa?
Minha pesquisa me levou a estudar o psicólogo cognitivo Reuven Feuerstein, aluno de Jean Piaget. A teoria de Feuerstein era que todos os seres humanos têm a característica única de modificar-se a si mesmos, não importa de onde partam. Esta convicção impulsionou sua pesquisa sobre a modificabilidade cognitiva estrutural do cérebro e do efeito transformador que o uso de estratégias cognitivas específicas para mediar a inteligência tem para reverter os problemas de aprendizagem. Feuerstein provou que até mesmo barreiras inatas e traumas poderiam ser superados com confiança e mediação certa. Sua pesquisa fundamentou em mim a ideia de que a educação de crianças deveria ser o que chamei de Pedagogia da Confiança, ou seja, uma proposta que defende a identificação e ampliação do potencial intelectual para envolver e acelerar a aprendizagem e a realização. Eu tinha certeza de que, se os alunos recebem as mesmas estratégias e práticas oferecidas aos alunos de altas habilidades, o direito à alta performance poderia ser ativado.

Qual foi a inspiração para o nome deste conceito?
Eu concebi o título Pedagogia da Confiança depois de assistir a uma sessão com Paulo Freire, que foi colega do Dr. Feuerstein. Freire fez uma palestra sobre seu livro A Pedagogia do Oprimido, e discutia o que era necessário para emancipar as pessoas oprimidas. Eu pensei que o antídoto para a desconfiança opressiva sobre a capacidade de aprender das crianças era a confiança. Eu investi 12 anos de pesquisas, por meio da experiência e do estudo da cognição e da neurociência, para fundamentar a teoria defendida na Pedagogia da Confiança.

Quais são os principais pontos desse conceito?
Pedagogia da Confiança é a convicção corajosa e o apoio para que todos os estudantes demonstrem altas performances intelectuais. É baseada na transformadora crença de Feuerstein de que dentro de cada um de nós reside um reservatório inexplorado de potencial para alcançar altos níveis de aprendizagem. Eu escrevi [o livro]Pedagogia da Confiança para reacender a crença dos educadores na grande capacidade de seus alunos e para restaurar sua confiança em sua capacidade de inspirar altas performances intelectuais. Quando você verdadeiramente acredita no potencial do aluno, começa por lhe oferecer opções e caminhos enriquecedores para fazer emergir os pontos fortes e a alta performance intelectual. 

Nas escolas, em geral, os professores estão mais preocupados com as dificuldades do que com o potencial dos seus alunos. Você acredita que isso é cultural?
O mito cultural segundo o qual o único modo de fechar uma lacuna é focar a fraqueza é mais pronunciado na educação do que nos outros campos. Esse mito é cultivado na educação por meio de uma avaliação referenciada na norma, comparando milhões de crianças com as mesmas normas padronizadas desenvolvidas para atender a massa de estudantes. A ênfase excessiva na fraqueza tem nos desviado da grande capacidade intelectual inata dos indivíduos.

A Pedagogia da Confiança trata de mudança de atitudes ou leva à criação de novas estratégias, métodos e técnicas de ensino?
A Pedagogia da Confiança é sobre a implementação de estratégias e práticas que fortaleçam as funções cognitivas de forma transdisciplinar. Piaget, Vigotski, Feuerstein, Freire, todos eles, demonstraram que o alto nível de aprendizagem é gerado por estratégias que promovem alto nível de pensamento, o que inclui o pensamento analógico, silogístico, criativo, dialógico, filosófico. Tais formas de pensamento são ativadas por meio de estratégias que estimulam atividades cognitivas como analogias, comparações, metáforas, razão indutiva e dedutiva, perspectiva, reflexão, elaboração, e assim por diante. Essa conquista impacta todas as disciplinas. Identifiquei práticas, que eu chamo de Altas Práticas Operacionais, que incluem estratégias para identificar e ativar as fortalezas dos alunos, para enriquecer o ensino, para integrar determinados pré-requisitos para a aprendizagem, para situar a aprendizagem na vida dos alunos e para amplificar a voz dos estudantes.

Em seu trabalho, você mostra as relações entre confiança, autoestima e desenvolvimento do cérebro. Que efeitos têm essas relações no processo de aprendizagem? 
O estresse que resulta da baixa autoestima provoca a emissão do hormônio cortisol, que inibe a compreensão e faz com que as regiões do cérebro associadas à tomada de decisões executivas e ao comportamento orientado por objetivos se deteriorem. Esta repercussão representa barreiras para o desenvolvimento de disposições mentais necessárias para o sentimento de conquista e autorrealização. A autoestima é reforçada quando professores levam os estudantes a refletir sobre suas fortalezas e a afirmá-las. Estudos demonstram que afirmações positivas podem reprogramar crenças negativas e motivar os alunos a estabelecer metas, o que é muito importante para o amadurecimento e a autorrealização.

Esse conceito pode ser aplicado a todos ou só em alunos com baixa performance?
Eu acredito que a Pedagogia da Confiança é aplicável a todas as pessoas. Nós nascemos com um potencial inato, a predisposição para a alta performance e o desejo de nos autorrealizarmos. Dr. Fuerstein provou que, com a mediação certa, disfunções cognitivas podem ser revertidas e altas performances podem ser cultivadas. Ele descreveu a mediação como um processo em que se destaca a qualidade da interação que um adulto usa para intervir entre um aprendiz e seu meio ambiente, com o objetivo de provocar no aluno a motivação pessoal para aprender. A mediação fornece aos indivíduos o convite para engajar-se e investir em sua aprendizagem, a partir de seus quadros de referência, das suas experiências e de sua realidade cultural e ética. 

As suas pesquisas prosseguem? Quais são seus desdobramentos?
Tenho procurado demonstrar a recíproca relação entre as emoções dos professores e a aprendizagem dos alunos. Educadores ao redor do mundo investigam as razões da baixa performance dos estudantes e o impacto da pobreza ou da desigualdade, mas prestam pouca atenção ao efeito do estado emocional dos professores sobre a aprendizagem e aquisições dos alunos. Como os alunos, quando professores são reconhecidos pelas suas habilidades e apoiados para desenvolvê-las, eles vivem um estado emocional positivo, que motiva a inovação, assim como seu desejo de colaborar com os gestores e os alunos em caminhos mais profundos e responsivos. Mas o oposto é verdadeiro também. Quando os professores sentem-se sem apoio ou estressados em seu ambiente de trabalho o hormônio cortisol, debilitante, é liberado. Esse hormônio impacta a claridade do pensamento, a criatividade e a capacidade de focar. Isso diminui a capacidade do professor de desenvolver uma pedagogia inspiradora e um relacionamento motivador com seus alunos. A performance dos alunos e dos professores sofrem juntas. 

Você é otimista quanto ao futuro da educação de crianças e jovens?
Sim, eu sou otimista. Mas meu otimismo se baseia em educadores que constroem sua confiança armando-se a si mesmos com pesquisa sobre a aprendizagem, com estratégias que promovem altos níveis de aprendizagem e levem em conta a importância de começar pelos pontos fortes de cada um - dos alunos e de si próprios - para criar o suporte pedagógico que presenteie o potencial inato dos estudantes, ao invés de degradá-lo.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

O QUE FAZER PRIMEIRO NUMA REDAÇÃO ENEM-Dica de Redação: Memorização e Aprendizagem

Dica de Redação: Memorização e Aprendizagem



"As cinco essenciais habilidades empreendedoras para o sucesso são concentração, discernimento, organização, inovação e comunicação.
(Michael Faraday)


O segundo dia de provas do Enem contém 90 questões de Linguagens e Matemática mais a redação. Muitos alunos questionam se é recomendado fazer a redação antes ou depois das questões, ou seja, no início ou final do exame.

Nós temos uma técnica para sugerir aos estudantes, a qual pode ser treinada estudando em casa e até mesmo em simulados para saber se será proveitosa para si, já que isso é bastante subjetivo, alternando de pessoa para pessoa.

A estratégia se baseia em realizar o segundo dia de provas na seguinte ordem:

  • Ler a proposta de redação
  • Realizar um esboço (planejamento) da redação
  • Escrever o texto no rascunho
  • Resolver as questões
  • Reler a redação do rascunho
  • Corrigir possíveis erros e fazer adaptações necessárias
  • Passar a redação a limpo na folha definitiva
  • Terminar questões pendentes e preencher o gabarito


Essa técnica tem como pressuposto alguns conhecimentos da neurociência sobre como nossa memória funciona. Em um artigo da Revista Escola são explicados os resultados de algumas pesquisas sobre memorização e como isso é interpretado por teóricos da área de aprendizagem.

Aplicando isso à técnica proposta para realização da redação nas provas, temos que 1 a 3 são processos de criação, nos quais aquilo que foi escrito ainda está “fresco” na memória. Dessa forma, ao reler algo que acabou de ser escrito, é possível que você não revise o que realmente está escrito mas sim aquilo que você pensa ter escrito, aquilo que está em sua mente. Fica difícil, assim, identificar seus próprios erros.

Após os passos 4 e 5, sua mente já limpou o processo de criação, já que não se lembra claramente do que escreveu. Fica mais fácil, agora, iniciar a fase de correção e aperfeiçoamento da redação descritos nas etapas de 5 a 7.

Coloque essa técnica em prática treinando em casa a realização de dissertações. Substitua a etapa intermediária (Processo 4) por qualquer outra atividade que o distrai do seu texto por, pelo menos, uma hora. Leia outra coisa, faça exercícios ou simplesmente descanse antes de reler novamente sua redação. Esperamos que isso o ajude a identificar mais seus erros para finalizar o desenvolvimento do texto da melhor maneira possível, eliminando “erros bobos”.

sábado, 2 de maio de 2015

SUBSTANTIVO E DO ADJETIVO - SIMULADO

SIMULADO :  SUBSTANTIVO E DO ADJETIVO

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”. (Paulo Freire)

1. Assinale a opção em que ambos os termos não admitem flexão de gênero:
a) inglesa pálida
b)jovem leitor
c)alguns mestres
d) semelhante criatura
e) moça ideal

2. "Talvez seja melhor  que o proprietário do imóvel desconfie de que ele não é tão imóvel assim."
As palavras destacadas são, respectivamente:
a) substantivo e substantivo
b) substantivo e adjetivo
c) adjetivo e verbo
d) advérbio e adjetivo
e) adjetivo e advérbio

3. Assinale a opção cujo substantivo não tem plural em "ãos"como "artesãos":
a) cidadão
b) pagão
c) cristão
d) charlatão
e) irmão

4. Assinale a opção em que todos os substantivos, quando no plural, apresentam mudança de timbre  da vogal tônica, conforme acontece com "povo(ô)/ povos (ó)":
a) tijolo, piloto, adorno
b) ovo, pescoço, olho
c) globo, posto, bolo
d) esforço, imposto, jogo
e) osso, cachorro, transtorno   

5. Assinale a palavra que difere em gênero(masculino ou feminino) das demais do grupo:
a) análise
b) cal
c) libido
d) milhar
e) síndrome     

6. Assinale a palavra que só pode ser empregada em um gênero:
a) eletricista
b) colega
c) chefe
d)testemunha
e) servente

7. Nas palavras abaixo, há uma com erro de flexão. Assinale-a:
a) irmãozinhos
b) exportaçõezinhas
c) lençoizinhos
d) papelzinhos
e) heroizinhos

8. Assinale a alternativa que contenha substantivos, respectivamente, abstrato, concreto e concreto:
a) fada, fé, menino
b) fé, fada, beijo
c) beijo, fada, menino
d) amor, pulo, menino
e) menino, amor, pulo

9. Relativamente à concordância dos adjetivos compostos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está errada. Qual?
a) saia amarelo-ouro
b) papel amarelo-ouro
c) caixa vermelho-sangue
d) caixa vermelha-sangue
e) caixas vermelho- sangue

10. Flexão incorreta:
a) os cidadãos
b) os açúcares
c) os cônsules
d) os tóraxes
e) os fósseis


11. Não  varia no plural:
a) tique-taque
b) guarda- comida
c) beija-flor
d) pára-lama
e) cola-tudo

12. Esta mal flexionado o adjetivo na alternativa:
a) Tecidos verde-olivas
b) Festas cívico-religiosas
c) Guardas noturnos luso-brasileiros
d) ternos azul-marinho
e) Vários porta-estandartes

13. Assinale a alternativa em que a flexão do substantivo composto está errada:

a) os pés-de-chumbo
b) os corre-corre
c) as públicas-formas
d) os cavalos-vapor
e) os vaivéns

14. Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão do nome composto:
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora
b) tico-ticos, salários-família, obras- primas
c) reco-recos, sextas-feiras, sempre -vivas
d) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló
e) pisca- piscas, cartões -postais, mulas-sem-cabeças

15 - Assinale a alternativa que contém o superlativo dos seguintes adjetivos: nobre, pobre, doce, amável, sagrado:
a) nobérrimo, paupérrimo, docíssimo, amabilíssimo,sagradíssimo
b) nobilíssimo, paupérrimo, dulcíssimo, amabilíssimo, sacratíssimo
c) nobilíssimo, pobréssimo, docíssimo~, amavelíssimo, sagradíssimo
d) nobérrimo, pauperrimo, docérrimo, amabilíssimo, sagradíssimo
e) nobilíssimo, pobríssimo, docíssimo, amavelíssimo, sagradíssimo.

16. Os plurais de vice-rei, porta-estandarte, navio-escola e baixo relevo são:
a) vice-reis, porta-estandartes, navios-escola, baixos-relevo
b) vice-reis, portas-estandartes, navios-escola, baixos-relevo
c) vices-reis, porta-estandartes, navios-escola, baixo-relevos
d) vice-reis, porta-estandartes, navio-escolas, baixos relevos
e) vice-reis, porta-estandartes, navios-escola, baixos-relevos

17. Especificamente o que estiver totalmente correto(quanto ao grau):
a) "cruíssimo" é o grau superlativo de 'cruel'e de " cru".
b) Muitas vezes o diminutivo tem valor depreciativo: mãezinha, papelucho, rapazelho, casulo, camisola.
c) Deixaram de ter valor de grau aumentativo ou diminutivo: portão, cordel, cafeizinho, mocinho, pequenininho.
d) Em linguagem precisa são aceitáveis as expressões mais paralelo que, mais oval, redondíssimo.
e) Em todas as alternativas há erros.

18. Os plurais álcoois, caracteres e anões, respectivamente de álcool,  caráter e anão são:
a) todos corretos
b) todos incorretos
c) incorretos os dois últimos
d) corretos os dois últimos
e) correto o primeiro e o último.

19. As frases deverão ter suas lacunas preenchidas conforme o modelo:
A lua não é constante - é inconstante. Assim:

Apresentou uma redação sem mácula: uma redação....
Um argumento sem defesa: um argumento....
Aquela casa não é habitada: é .......
Meu amigo não tem habilidade: é....
O rapaz não foi escrupuloso: foi.....
a) imaculada, indefensável, inabitável, inabilitado, desescrupuloso
b) imaculável, indefensível, inabitável, inabilitado, desescrupuloso
c) imaculada, indefensável, inabitável, inábil, inescrupuloso
d) imaculável, indefensável, inabitável, inábil, inescrupuloso
e) imaculada, indefensável, inabitada, inábil, inescrupuloso

20. Qual das palavras destacadas a seguir não é um adjetivo?
a) As pesquisas eliminaram PARTE da emoção. 
b) Os BONS candidatos nem sempre são eleitos.
c) Nas eleições há feriado NACIONAL.
d) As GRANDES empresas patrocinam candidatos.
e) Os resultados são dados no dia SEGUINTE. 

quarta-feira, 29 de abril de 2015

REDAÇÃO ENEM – JEITINHO BRASILEIRO: PEQUENAS CORRUPÇÕES

 Redação ENEM – Jeitinho Brasileiro: Pequenas Corrupções
  
Corrupção é um assunto bastante em alta nestes últimos anos e estamos acompanhando trazendo algumas indicações de leitura sobre isso. 
Mas a corrupção não é apenas recorrente na política e em grandes empresas. O que acontece a níveis organizacionais se mostra como um reflexo de “pequenas” ações corruptas praticadas cotidianamente pelos cidadãos.

Tanto é comum, que essas ações já receberam, culturalmente, um apelido: jeitinho brasileiro. Esse termo também é conhecido como Lei de Gérson: querer obter vantagem em toda e qualquer situação sem se preocupar com questões éticas e/ou morais. É o que o filósofo Kant chamaria de agir segundo os afetos e não segundo a razão pura.


Esse estereótipo de malandro já foi usado em diversas obras brasileiras. O primeiro retrato foi o caso da personagem Leonardo do livro Memórias de um Sargento de Milícias de Manuel Antônio de Almeida. A história é narrada no Rio de Janeiro no século XIX, o que nos mostra que esse costume não é algo recente.

Agora que você já leu e refletiu sobre o assunto, aproveite para realizar uma dissertação-argumentativa seguindo as instruções da proposta abaixo. O tema da redação é: Jeitinho brasileiro: conscientização sobre pequenas corrupções.

Proposta de Redação

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua Portuguesa sobre o tema: “Jeitinho Brasileiro: Conscientização Sobre Pequenas Corrupções“. uma proposta de intervenção e/ou conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defender o seu ponto de vista.

TEXTO 1



TEXTO 2

Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guarda para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox Populi. Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraizados em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encarados como parte do cotidiano.

“Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no ambiente público”, diz o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira. Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público “O que você tem a ver com a corrupção”, que pretende mostrar como atitudes que muitos consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético (…).

Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções”, afirma o promotor. “Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não vê problema em colar na prova ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um guarda sem achar que isso é corrupção.”

Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos entrevistados dizem que algumas coisas podem ser um pouco erradas, mas não corruptas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.

Otimismo: Mas a sondagem também mostra dados positivos, como o fato de 84% dos ouvidos afirmar que, em qualquer situação, existe sempre a chance de a pessoa ser honesta.

A psicóloga Lizete Verillo, diretora da ONG Amarribo (representante no Brasil da Transparência Internacional), afirma que em 12 anos trabalhando com ações anti-corrupção ela nunca esteve tão otimista – e justamente por causa dos jovens. “Quando começamos, havia um distanciamento do jovem em relação à política”, diz Lizete. “Aliás, havia pouco engajamento em relação a tudo, queriam saber mais é de festas. A corrupção não dizia respeito a eles.” “Há dois anos, venho percebendo uma grande mudança entre os jovens. Estão mais envolvidos, cobrando mais, em diversas áreas, não só da política.”



Para Lizete, esse cenário animador foi criado por diversos fatores, especialmente pela explosão das redes sociais, que são extremamente populares entre os jovens e uma ótima maneira de promover a fiscalização e a mobilização.

Mas se a internet está ajudando os jovens, na opinião da psicóloga, as escolas estão deixando a desejar na hora de incentivar o engajamento e conscientizá-los sobre a corrupção. “Em geral, a escola é muito omissa. Estão apenas começando nesse assunto, com iniciativas isoladas. O que é uma pena, porque agora, com o mensalão, temos um enorme passo para a conscientização, mas que pouco avança se a educação não seguir junto”, diz a diretora. “É preciso ensinar esses jovens a ter ética, transparência e também a exercer cidadania.”

TEXTO 3

A campanha (O que você tem a ver com a corrupção?) se justifica pela necessidade de se educar a sociedade por meio do estímulo à ética, à moralidade e à honestidade, construindo um processo cultural de formação de consciência e de responsabilidade dos cidadãos a partir de três tipos de responsabilidades (…): 

1) a responsabilidade para com os próprios atos, ou responsabilidade individual; 2) a responsabilidade para com os atos de terceiros, ou responsabilidade social ou coletiva e; 3) a responsabilidade para com as gerações futuras a partir de um agir consciente.

Dessa forma, pretende-se contribuir com a prevenção da ocorrência de novos atos de corrupção e com a consequente diminuição dos processos judiciais e extrajudiciais, por meio da educação das gerações futuras, estimulando, ainda, o encaminhamento de denúncias populares e a efetiva punição de corruptos e corruptores. Além disso, é dever institucional do Ministério Público combater a corrupção, repressiva e preventivamente, estimulando, inclusive, o desempenho das atribuições e das atividades extrajudiciais.
 
Objetivos: Reduzir a impunidade nacional, ou seja, cobrar a efetiva punição dos corruptos e dos corruptores, abrindo um canal real para oferecimento e encaminhamento de denúncias; educar e estimular as gerações novas através da construção, em longo prazo, de um Brasil mais justo e mais sério, destacando o papel fundamental de nossas próprias condutas diárias; aproveitar momentos do cotidiano infanto-juvenil (família, escola e comunidade) para propiciar a vivência de atividades que os levem a conhecer esses princípios, estimulando-os a praticá-los no seu ambiente de convívio social; divulgar a ideia em locais e acontecimentos informais (sociais, esportivos, campanhas e eventos), possibilitando o alcance da campanha a um público maior.



terça-feira, 28 de abril de 2015

POSSÍVEIS TEMAS DA REDAÇÃO DO ENEM


“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história”.(Bill Gates).

Primeiramente, gostaria de lembrar que essa lista não é uma tentativa de adivinhar o tema oficial da redação, mas sim de contribuir para seu estudo de forma específica. Percebemos que o exame sempre trabalha temas atuais de cunho social e relevância nacional.

Algo que acreditamos muito é que o treino é fundamental para o aprendizado. Unindo esse nosso ideal com a sabedoria das características específicas da redação do Enem, podemos ter certeza de que estudando e elaborando redações com os temas propostos abaixo, seu desempenho irá melhorar consideravelmente.

1. Diálogo entre ciência e sociedade


A ciência realiza novas descobertas frequentemente, o que possibilita melhorias e desenvolvimento de novas tecnologias. Entretanto, muitas vezes a sociedade não entende o método científico e muitas coisas são confrontadas com paradigmas culturais, morais ou religiosos. Para lidar com isso, é necessário haver comunicação entre o meio científico e a população.

2. Limites entre estética e saúde


Academia, dietas, cirurgias plásticas, anabolizantes etc. É grande a busca pelo corpo perfeito caracterizado por um padrão de beleza. Mas até que ponto a estética coincide com hábitos saudáveis? Conhece-se muitas doenças causadas por insatisfação corporal como anorexia, bulimia, depressão, compulsão alimentar e obesidade, além de consequências no convívio social como discriminação e baixa autoestima.

3. Novos modelos de educação


Há muitos debates ocorrendo sobre as problemáticas do sistema tradicional de ensino e novos modelos de educação para o século XXI, tendo em pauta os métodos de avaliação, uso de tecnologias, interação professor-aluno, formação crítica e social etc. Um recente documentário realizado no Brasil que ajuda na discussão desse tema é o “Quando sinto que já sei” que pode ser encontrado no Youtube.

4. Dificuldades da formação universitária


A formação universitária no Brasil encontra diversos obstáculos como financeiro (o alto valor das mensalidades em faculdades privadas, custeio de transporte ou residência, materiais didáticos, alimentação), psicológico (escolha de curso, afastamento de familiares e amigos, aumento de responsabilidades, inserção no mercado de trabalho), entre outros. Ao mesmo tempo, o Estado tem criado políticas públicas como Fies, Pronatec, sistemas de cotas, criação de novas universidades etc.

5. Conceito de família no século XXI

O projeto de Lei 6583 de 2013 cria o Estatuto da Família. Nesse texto, família é definida como união entre homem e mulher. A partir disso, muitas discussões têm sido feitas sobre o conceito de família atualmente, com o intuito de refletir sobre famílias formadas por mães ou pais solteiros, avós e tios, casais homossexuais, poligamia etc.

6. Justiça com as próprias mãos

Tema bastante polêmico em 2014 e que pode ser discutido com mais imparcialidade esse ano. O combate à violência através da justiça com as próprias mãos é válido? Definições de justiça, casos de linchamentos, rebeldia com a ordem e segurança públicas são alguns pontos que abordam essa temática.

7. Obsolescência programada


Esse conceito significa a diminuição da vida útil de equipamentos com o intuito de incentivar a compra de novos produtos ou versões atualizadas. Rodeio esse tema a questão do consumismo exacerbado, resíduos eletrônicos, responsabilidade e consciência social do consumidor. Um documentário sobre esse assunto também pode ser encontrado no Youtube e ajuda no entendimento.

8. Trânsito em grandes metrópoles


Grandes cidades têm tido cada vez mais problemas com o trânsito. Muitos pontos podem ser discutidos nessa temática como a preferência dos cidadãos por transporte público ou individual, poluição causada por muitos carros, poluição sonora (buzinas em congestionamento), via exclusiva para ônibus, ciclovias, tempo gasto diariamente entre trabalho e residência, atraso nos horários e superlotação em ônibus, trens e metrôs, greves dos funcionários de transportes públicos, preços das passagens, catraca livre etc.

9. Voluntariado e transformações sociais

O trabalho voluntário no Brasil tem passado por uma transformação. Não se pensa mais no voluntariado como assistencial (doação de roupas, alimentos e agasalhos, por exemplo), mas como uma tentativa de mudança social, através de medidas inclusivas e de impacto. Outro ponto a ser considerado é a valorização que as empresas fazem de candidatos e funcionários que realizam trabalhos voluntários, assim como próprios projetos sociais realizados pelas empresas para contribuição à sociedade ou marketing.

10. Liberdade de expressão e mídia

Tema bastante atual, a liberdade de imprensa tem sido muito discutida, principalmente após o ataque à revista francesa Charlie Hebdo no início desse ano. Pode-se refletir sobre os limites entre liberdade de expressão e respeito às diferenças ou respeito à verdade.

11. Consumo de álcool e droga por adolescentes

Por lei, o consumo de álcool é proibido por adolescentes. Entretanto, é crescente o uso não só de bebidas alcoólicas mas também de drogas lícitas e/ou ilícitas entre os jovens, como cigarro, maconha, cocaína, LSD etc. As razões e consequências desse ato podem servir como base para a discussão do tema.

12. Limites entre humor e bullying


Os limites do humor é algo que tem chamado bastante atenção atualmente por causa de diversos processos a comediantes do Brasil como Rafinha Bastos, Danilo Gentili etc, e o constante uso de discriminação das minorias para fazer piada. A responsabilidade social do comediante foi discutida no excelente documentário de Pedro Arantes, “O riso dos outros”, encontrado no Youtube.

13. Desigualdade étnica e de gênero

O Brasil é um dos países com maior desigualdade do mundo e entre muitos tipos de desigualdade, a étnica e a de gênero costumam ser as mais discutidas, assim como os preconceitos gerados por essa situação, respectivamente, racismo e machismo. Os direitos conquistados, as lutas e reivindicações e as políticas públicas são alguns pontos que merecem ser estudados para entender a causa e argumentar com clareza.

14. Gestão de resíduos urbanos

Em 2010, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A gestão de resíduos ainda é um tema bastante em alta devido à enorme quantidade de lixo produzido anualmente no Brasil. Coleta seletiva e logística reversa são alguns dos termos importantes de serem entendidos. Para conhecer mais sobre a lei e sua importância na sociedade, pode ser consultada a explicação no site do Ministério do Meio Ambiente.

15. Saúde pública


Problemas no Sistema Único de Saúde (SUS) como falta de médicos, atrasos, grandes filas de espera e falta de equipamentos são possíveis de serem tratados em uma dissertação. O tema também é bastante atual devido ao programa de governo Mais Médicos que trouxe médicos de outras nacionalidades (cubanos) para atuar no Brasil com o intuito de amenizar os problemas na saúde pública.

16. Abuso em trotes universitários


Todo ano, vários casos de abuso em trotes universitários são noticiados. Esse ano, um dos casos mais alarmantes foi de uma jovem que teve a perna queimada por ácido. O fator psicológico dos jovens recém inseridos no ensino superior também é pauta nessa discussão. Leia mais sobre esse tema nessa coluna.

17. Tráfico de drogas e violência urbana


A correlação entre o tráfico de drogas e a violência urbana, principalmente em favelas, é muito propício de discussão. Esse tema foi recentemente abordado nos filmes Tropa de Elite (1 e 2) e é sempre mencionado quando se debate sobre Legalização da Maconha, já que o combate às drogas é um dos fatores que mais causam violência e conflito entre policiais e civis no Brasil.

18. Uso da água na economia brasileira

O Estado de São Paulo passa por uma intensa crise hídrica e isso tem colocado a água no centro de grandes discussões. Uma das possibilidades de tema envolvendo a água é a sua importância em diversas atividades econômicas no Brasil como a agroindústria e a geração de energia elétrica através de hidrelétricas.

19. Saúde feminina na gravidez

A preocupação com a saúde da mulher durante a gravidez é um bom tema de redação pois nele podemos tratar várias problemáticas presentes na sociedade brasileira como o aborto não legalizado que fere e mata milhares de mulheres por ano, os maus tratos nos hospitais durante abortos espontâneos ou nos partos. O tema também é atual por causa da recente resolução que limita a quantidade de cesáreas que podem ser realizadas, o que é uma intervenção do Estado na escolha da mulher.

20. Sustentabilidade nas empresas


O termo sustentabilidade está bastante em alta no Brasil com a crescente preocupação com o meio ambiente. Nesse contexto, as empresas precisam atuar coincidindo a busca por lucros com o cuidado ambiental. Políticas empresariais e marketing verde são os pontos de destaque nessa discussão.

21. Intolerância religiosa

Novamente, o ataque à revista Charlie Habdo pode exemplificar o tema. Mas muito mais do que um caso isolado, a intolerância religiosa é grande tanto no Brasil como em outros países. Ao debater esse tema, precisamos lembrar da laicidade do Estado e do respeito aos diferentes tipos de crenças e rituais religiosos, podendo destacar, no caso do Brasil, o grande preconceito existente com religiões de origem africana.

22. Ativismo em redes sociais


Cada vez mais, as redes sociais têm sido usadas para estar em contato com a política e com movimentos sociais. Eventos são criados para marcar protestos, projetos de leis polêmicos facilmente viram virais e reivindicações têm sido feitas através de abaixo-assinado online. Essa nova forma de participação política e suas causas e consequências na sociedade é um bom tema de pesquisa e escrita.

Desejamos boa pesquisa e estudo a todos.