quarta-feira, 4 de abril de 2018

LENDA: O PÁSSARO DO POENTE - SYLVIA MANZANO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


LENDA:  O PÁSSARO DO POENTE



    Esta lenda, acontecida muito tempo atrás, começa numa manhã de inverno, quando um jovem socorre uma cegonha que havia sido atingida por uma flecha. Sendo humilde, bom e trabalhador, fica comovido com o profundo olhar de gratidão que recebe da cegonha antes de ela alçar voo para os ares. 
     Dias depois, já a avançadas horas da noite, alguém bate à sua porta.

          Uma linda e delicada moça, que havia se perdido no caminho devido ao mau tempo, vem lhe solicitar abrigo por apenas uma noite.
         Imediatamente acolhida pelo bondoso rapaz, ela vai se aquecer ao pé do fogo que crepitava alegremente na lareira. E como o inverno era muito rigoroso, a moça foi ficando. 
      Conversando muito, um se sentindo alegre na companhia do outro, acabaram se apaixonando. E resolveram se casar. 
         Quando chega a primavera, a jovem esposa faz um pedido ao marido: – Gostaria de possuir um tear. Você poderia vender na cidade os tecidos que eu fizesse. Com prontidão, seu pedido foi atendido. Construído o quarto do tear, a mulher avisa que se trancaria durante três dias para realizar sua tarefa e impõe uma condição ao marido:
      – Jamais você deverá olhar enquanto eu estiver tecendo.
      Curiosíssimo, o marido esperou os três dias passarem e ficou maravilhado com o tecido que a mulher trazia nas mãos. A delicadeza das estampas e a leveza do pano imediatamente atraíram um comprador, que por ele pagou várias moedas de ouro. 
     O homem voltou correndo para casa, trazendo as boas novas para a esposa, que prometeu tecer outro pano no dia seguinte. 

      Repetindo a recomendação de jamais poder ser observada enquanto tecia, a mulher trancou-se novamente no quarto.
       Quando saiu, com um trabalho ainda mais deslumbrante que o primeiro, estava pálida e abatida. O marido nada percebeu, ansioso que estava pelo tilintar das moedas de ouro em seu bolso.
   Pela terceira vez ela se trancou no quarto, repetindo a mesma recomendação. Mas, desta vez, o marido não resistiu. 
    A curiosidade dominou seu coração e ele foi espiar pelo buraco da fechadura, tratando de aquietar sua consciência:
     – Que mal poderá fazer uma olhadinha apenas?
    Assim pensou e assim fez. Lá dentro viu uma cegonha frente ao tear, arrancando suas próprias penas para entremeá-las aos fios e compor os desenhos. 
    Ao final do terceiro dia, trazendo nas mãos o tecido acabado, a mulher disse, com muita tristeza nos olhos e na voz:
   – Sou aquela cegonha salva por você na neve. Voltei, transformada em mulher, para agradecer aquele seu ato de amor espontâneo e desinteressado. Agora que você já sabe de tudo, não posso continuar vivendo aqui.
     As súplicas e rogos do marido de nada adiantaram. Ele viu, por entre as lágrimas, uma cegonha magra e já quase sem penas voando em linha reta, com muita determinação, em direção ao poente.

 Adaptação de Sylvia Manzano

Entendendo a lenda:
01 – Com que intenção a cegonha transformou-se numa bondosa mulher?
a) Ser reconhecida como a melhor de todas as tecelãs daquela região.    
b) Casar-se com um generoso e humilde trabalhador.
c) Proteger-se do inverno rigoroso que enfrentava naquele ano.
d) Agradecer o ato de amor desinteressado realizado pelo homem.
e) Enriquecer às custas do bondoso homem que salvara sua vida. 

A cegonha transformou-se numa bondosa mulher porque queria agradecer o ato de amor desinteressado realizado pelo homem. Resposta: D

02 – A única condição que a mulher impunha ao marido para tecer era: Jamais você deverá olhar enquanto eu estiver tecendo. • Ela impôs essa condição porque
a) queria que o marido ganhasse muito dinheiro com a venda dos belos tecidos que fazia.
b) não queria que o marido descobrisse que ela era uma famosa tecelã, vinda de terras distantes. 
c) queria guardar segredo sobre a estampa que faria no tecido.
d) não queria que ele descobrisse que ela, na verdade, era a cegonha que ele um dia havia salvo e que usava suas próprias penas para tecer os fios que compunham os desenhos dos tecidos.
e) tinha vergonha do trabalho simples que fazia.

    Ao impor a condição de que o marido jamais poderia olhá-la enquanto tecia, a mulher não queria que ele descobrisse que ela, na verdade, era a cegonha que ele um dia havia salvo e que usava suas próprias penas para tecer os fios que compunham os desenhos dos tecidos. Resposta: D

3) No trecho Lá dentro viu uma cegonha frente ao tear, arrancando suas próprias penas para entremeá-las aos fios e compor os desenhos, o termo destacado refere-se
a) aos desenhos.
b) às cegonhas.
c) às penas. 
d) aos teares.
e) a um termo que não está expresso no período.

  No trecho Lá dentro viu uma cegonha frente ao tear, arrancando suas próprias penas para entremeá-las aos fios e compor os desenhos, o termo destacado refere-se às penas. Resposta: C

4)Em Uma linda e delicada moça, que havia se perdido no caminho devido ao mau tempo, vem lhe solicitar abrigo por apenas uma noite, o termo destacado significa
a) oferecer.
b) pedir.
c) proibir
d) cobrar.
e) emprestar.

      Em Uma linda e delicada moça, que havia se perdido no caminho devido ao mau tempo, vem lhe solicitar abrigo por apenas uma noite, o termo destacado significa pedir. Resposta: B
       




Nenhum comentário:

Postar um comentário