domingo, 19 de março de 2017

POEMA: ESPERANÇA - MÁRIO QUINTANA - COM GABARITO

 POEMA: ESPERANÇA
                  MÁRIO QUINTANA

        Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
           Vive uma louca chamada Esperança
           E ela pensa que quando todas as sirenas
           Todas as buzinas
           Todos os reco-recos tocarem
           Atira-se
           E
           - ó delicioso voo!
           Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
           Outra vez criança...
           E em torno dela indagará o povo:
           - Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes!
           E ela lhes dirá
           (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
           Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
           - O meu nome é ÉS-PE-RAN-ÇA...

Mario Quintana. Nova antologia poética.12.ed. São Paulo:Globo, 2007.
ENTENDENDO O POEMA

  1. O poema se refere a determinada época do ano. Que época é essa? Como isso aparece no texto?
Época de fim de ano. Aparece o clima festivo com as sirenas, as buzinas, os reco-recos tocando, e o mês de dezembro sendo comparado ao “décimo segundo andar do Ano”.
  1. Que relação se pode fazer entre a Esperança e essa época do ano?
No fim do ano, as pessoas costumam ficar mais esperançosas com a chegada de um tempo novo. Parece que coisas novas virão e transformarão a rotina das pessoas.

  1. O que representa a descida da Esperança?
A passagem do ano.
  1. A palavra esperança é classificada como um substantivo abstrato. No poema, esse substantivo é apresentado de modo original. Como ele aparece no poema?
A palavra esperança está personificada, isto é, é representada por uma menina de olhos verdes. Deixa de ser um sentimento e passa a ser uma pessoa.
  1. A que gênero e grau pertence o substantivo meninazinha? O que esse diminutivo indica?
O substantivo meninazinha pertence ao gênero feminino e ao grau diminutivo, o qual indica tanto tamanho pequeno como afetividade.
  1. A palavra devagarinho está no grau diminutivo. Que efeito o uso desse grau produz no poema?
Intensifica o advérbio devagar.
  1. Transcreva do poema um substantivo composto e um coletivo.
Reco-reco, povo.

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